terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Vale de la Luna

Vale de la Luna

     Pessoal, esta região é o deserto do Atacama propriamente dito. Delimitada pelo Vulcão Licancabur e Bolívia (siga os caminhos dos geisers que cairá na Bolívia!). Fico imaginando este local sendo cortado pelas motos do PARIS DAKAR a mais de 150 km/h...minha velocidade máxima foi de 80 km/h - kkkk!
    Para entrar no vale os indígenas cobram 9 mil pesos chilenos para moto. Neste dia estava tendo uma filmagem de um filme bíblico nas imediações - creio ser da Record...não encontramos nenhuma atriz! Snif!





      O Deserto mais árido do mundo faz jus ao nome. Não há nenhuma espécie animal e vegetal neste monte de pedras e areia. Não encontrei sequer um pernilongo ou mosca...animais comuns de se achar! Uma dica é levar roupas de trilha e calçados confortáveis. O transporte de água deve ser feito com garrafas térmicas pois o calor esquenta a água do camelback.

      Algo interessante é o reflexo do sol na areia do deserto, literalmente queima os olhos. É necessário um bom óculos de sol e muito protetor solar no rosto e lábios. Com a temperatura elevada e a umidade próximo a zero o corpo perde muita água o que determina um gasto de 1 litro de água por hora em atividades leves a moderadas. Saliento que com a água perde-se os sais, portanto, a reposição de eletrólitos é necessária - a hiponatremia é algo comum nestes locais! Eu levei soro em pó daqueles utilizando para reidratação oral.








 
     
         Durante a minha caminhada neste deserto a 2800 m acima do nível do mar veio na minha cabeça a frase do Amyr Klink:

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

     É o que eu faço! Preciso sentir as coisas...ir além da teoria! As vezes pego colegas abraçados com o McArdle devorando o capítulo sobre fisiologia do exercício em altitudes - e sequer pensam em ir além da teoria! Pelo menos sei o que é deserto, altitude e comportamento do corpo nessas circunstâncias ambientais! Creio que sou aluno do mundo...


     


Um comentário:

  1. uma dica é levar roupas para caminhada e muita água...é muito perto de SPA e não precisa ir paramentado com proteções! Leve muita água, barra cereais e papel higiênico (pois não há vegetação para limpeza kkkkk)

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